O parto vaginal é mais seguro para a mãe e para a criança que vai nascer. Em média, até 15% dos partos têm indicação de cesariana. O Brasil teve 57,2% de partos cesáreos durante o ano de 2020.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza, com base nas evidências científicas, que, aproximadamente, 15% dos partos necessitam das intervenções cirúrgicas. Os partos restantes, 85% em média, referem-se às gestações de baixo risco, com indicação para o parto vaginal, comprovadamente mais seguro e menos invasivo.
Em Goiás, no ano de 2020, do total de 92.718 nascimentos vivos, 63.466 (68,5%) foram partos cesáreos, excluídos os nascimentos ignorados para o tipo de parto. Nesse ano, nenhum município goiano atingiu a meta do padrão internacional (até 15% de partos cesáreos).
Os mapas do Portal da Primeira Infância do Tribunal de Contas de Goiás mostram que, quanto mais desenvolvida a região, mais hospitais e mais partos cesáreos.
Comparando com outros países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), para o ano de 2019, por exemplo, a Turquia teve 54%, a Itália 32%, a Alemanha e o Reino Unido 29%, o Canadá 28%, a Noruega 15,9% e Israel, 15%.
Comparando com alguns estados norte-americanos, observa-se que Nebraska, com 34%, é o que tem mais partos cesarianos e o que tem menos é o Novo México, com 17%.
No Brasil, quando se trata de partos cesáreos, os estados que têm menos estrutura hospitalar apresentam número menor de cesarianas. Por exemplo, os estados com índices melhores de partos cesáreos são Roraima com 35%, Amapá com 37,6% e Amazonas com 39,4%. Essas porcentagens são próximas às da Europa.
Os estados com piores índices, que têm taxas muito altas de partos tipo cesariana, são Goiás com 68,5%, Rondônia com 68%, Paraná com 64,9% e Rio Grande do Sul com 63,9%. A tendência no Brasil é de aumento do parto tipo cesariana, em contraste com o que acontece com os países desenvolvidos.