Essa cobertura diz respeito ao percentual de cobertura da população pelas equipes de saúde da família nos municípios.
A Estratégia de Saúde da Família (ESF) nasceu com o nome de Programa de Saúde da Família (PSF), como ainda é conhecida até hoje, em 1994, na gestão do ex-ministro da saúde Henrique Santillo. Esse programa veio para fortalecer a Atenção Primária de Saúde, especialmente a promoção da saúde e a prevenção de doenças.
Cada equipe da ESF, originalmente e até hoje, em geral, é composta por 1 profissional médico, 1 profissional de enfermagem, 1 auxiliar de enfermagem e de 5 a 6 agentes comunitários de saúde, atendendo de 800 a 1.000 famílias. Em números de dezembro de 2020, a cobertura da Estratégia de Saúde da Família atinge 62,3% da população brasileira, isto é, 134 milhões de habitantes, atendidas por 43.286 equipes.
O PSF foi concebido também para mudar o foco da saúde brasileira, que era muito hospitalocêntrico, isto é, voltado para hospitais em detrimento da atenção primária de saúde.
Há alguns estados em que sua população está bem coberta pelas equipes de Saúde da Família, tais como o Piauí com 99%, Paraíba com 94,9% e Tocantins com 92,7%.
Os estados mais ricos do país têm uma cobertura baixa de equipes de saúde da família e nem sempre têm os melhores indicadores. Por exemplo, São Paulo tem 38,8% de cobertura, Rio de Janeiro tem 47,5% e o Distrito Federal tem 54%.
Essas equipes de saúde da família são fundamentais para a melhoria dos indicadores da primeira infância. Há que se fazer dessa estratégia uma prioridade. É fundamental ampliar, cada vez mais, a cobertura da ESF no Brasil.
Ademais, há toda uma estrutura formada para fortalecer esse atendimento nas comunidades, por meio dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), que são compostos por uma equipe multiprofissional, voltada para superar a lógica assistencial e fortalecer as equipes básicas da estratégia.
De 2019 para 2020, houve uma queda acentuada do número de equipes da ESF, que está para ser esclarecida.